Conheça 10 mitos sobre a escolha da carreira

A escolha da profissão pode deixar alguns jovens “de cabelo em pé”. Neste momento, é comum surgirem dúvidas, insegurança e medo de optar pela carreira errada. Nesta horas, os palpites e as sugestões de familiares e amigos, apesar de bem-intencionados, podem atrapalhar ainda mais.

A consultora de Recursos Humanos e coach, Maria Bernadete Pupo, aponta os principais mitos que cercam esta questão. Confira abaixo.

Dez mitos

Escolher uma carreira é simples - O truque de se inscrever em vários vestibulares de áreas diferentes e esperar para saber em qual curso foi aprovado poderá resolver a dúvida no princípio. Entretanto, se o estudante não gostar do curso, ou terminará a faculdade a contragosto ou voltará à estaca zero, tendo de optar de novo por outro curso. Para evitar que isso aconteça, é fundamental a reflexão. “A escolha da profissão deve ser baseada nas vocações da pessoa. Isso ela saberá por meio da autorreflexão”.

Um profissional pode me dizer que profissão devo escolher - De maneira nenhuma, a escolha da profissão cabe apenas à pessoa. O especialista poderá ajudar no processo de autodescobrimento. “O profissional deve conduzir este processo, para que quem esteja em dúvida descubra suas vocações, mas nunca escolher por ele”.

Dificilmente ganharei minha vida com um hobby - Geralmente, o hobby é algo que a pessoa ama fazer e, quando se trabalha com o que se gosta, a chance de ser bem-sucedido é muito maior. “Muitas pessoas não se dão conta disso e deixam passar esta oportunidade. Quem ama o que faz trabalha com brilho nos olhos”.

Devo escolher carreiras em que faltam mais profissionais no mercado - Não é porque faltam profissionais na área da Engenharia e TI (Tecnologia da Informação) que estas profissões devem ser escolhidas. A especialista alerta que o apagão de profissionais pode ser algo momentâneo. “O mercado é muito dinâmico, tudo muda rapidamente. Quem disse que faltarão engenheiros daqui a 10 anos?”, questiona a consultora.

Profissões que estão na moda podem garantir mais empregabilidade - Nem sempre. Se a pessoa trabalhar com algo de que ela não gosta, só porque há muitas oportunidades no mercado, será um profissional sem motivação e isso refletirá em sua empregabilidade. “Quem se baseia em fatores externos tem mais chance de ser malsucedido”.

Ganhar dinheiro é o que mais importa na escolha da carreira - “É a mesma coisa de colocar o ter no lugar do ser”. O dinheiro, na escolha da carreira, é algo superficial. Segundo a especialista, em algum momento, o retorno financeiro não será o suficiente para que o profissional se sinta feliz e satisfeito. “Conheço pessoas que não ganham tão bem, mas são muito felizes em suas carreiras”.

Se seguir os passos do meu pai/mãe, tudo será mais fácil - Pode até ser que exista facilidade, mas, se a pessoa não tiver vocação para aquela profissão, também será infeliz na sua escolha. “Se for uma imposição dos pais, o profissional trabalhará por trabalhar, sem vontade e sem motivo”.

Ao escolher uma carreira, ficarei sempre preso a ela - Como o mercado é dinâmico, é possível ingressar em outra área ou até mesmo escolher outra profissão. “Muitas pessoas vão em busca do plano B, como dar aulas, ser consultor, abrir um negócio, quando algo está incomodando na carreira”.

Se eu mudar de carreira, tudo que eu aprendi (competências técnicas) não será aproveitado - Conhecimento sempre é aproveitado. Talvez o profissional não utilize diretamente suas competências técnicas, mas, indiretamente, elas poderão ser aproveitadas. “Já vi pessoas que se formaram em RH, mas trabalham na área financeira. Elas continuam usando o que aprenderam na faculdade, que é lidar com pessoa, mas de uma maneira indireta”.

A escolha da carreira deve estar sempre atrelada à graduação - É possível pensar em uma carreira sem ter o Ensino Superior. Um curso profissionalizante pode, sim, oferecer uma carreira ao profissional. Um setor que tem gerado muitas oportunidades é o de serviços, que não precisa obrigatoriamente que o profissional tenha completado o Ensino Superior


Como potencializar seu plano de carreira usando os mapas mentais?

Listas tradicionais são de difícil assimilação para o cérebro humano; mapas mentais ajudam nas ideias, diz especialista

Os especialistas concordam que elaborar um bom plano de carreira pode ajudar bastante o profissional a se desenvolver e atingir seus objetivos. Para fazer isso, porém, vale a pena contar com um mapa mental.

Na prática, quando decide fazer um plano de carreira, a maioria das pessoas opta pelo modelo tradicional, ou seja, uma lista que contém os elementos-chave para o desenvolvimento profissional e as metas que deseja atingir. Porém, o cérebro humano não trabalha de forma linear, portanto, esse formato é de difícil assimilação.

Potencializando o plano de carreira

Para ter um resultado melhor, ao fazer um plano de carreira, o profissional pode elaborar, em vez de uma lista, um mapa mental. Esse mapa se assemelha ao desenho de uma árvore, ou seja, contém um tronco principal e várias ramificações.

 “O mapa mental se baseia no princípio de radiância, ou seja, trabalha o não-linear”, diz o especialista em mapas mentais Robinson Gessoni. Na prática, uma ideia central irá se ramificar em diversos pontos. Mas como fazer esse mapa mental? Primeiro, escreva no centro de uma folha em branco a ideia central do seu mapa: o desenvolvimento de sua carreira.

Imagine, então, uma árvore. O que você acabou de escrever é o tronco. Desse tronco, puxe três galhos. O primeiro serão os seus objetivos de curto prazo (de 1 a 2 anos), o segundo, de médio prazo (2 a 5 anos) e o último, o de longo prazo (5 a 10 anos).

Em cada objetivo, puxe outras ramificações, definindo o que você precisa fazer para atingir suas metas. Por exemplo, no objetivo de curto prazo, defina que você quer ser promovido. Para isso, escreva as competências que precisa desenvolver e os cursos que precisa fazer, por exemplo.

Cores e figuras

A ideia do mapa é transformar seu plano de carreira em uma figura – fugindo do formato de lista - “é como se fosse uma fotografia dos seus objetivos”, diz o especialista. Além disso, é importante utilizar cores e figuras no seu mapa. Nas metas mais urgentes e importantes, use cores fortes, por exemplo. “Nas metas de curto prazo, use o vermelho, nas de médio, use o laranja e nas de longo, use o azul”, sugere Gessoni.

De acordo com o especialista, o cérebro humano funciona da seguinte forma: o hemisfério esquerdo cerebral processa as palavras, enquanto o hemisfério direito processa cores, imagens e símbolos. Assim, ao utilizar todos esses elementos, você estimula mais o seu cérebro. “Esse é o aspecto multissensorial do mapa mental”, diz o especialista.

Lembre-se de que o mapa é um recurso bastante pessoal. Então, apesar do exemplo aqui citado, é interessante que o profissional encontre o formato de mapa que mais tem a ver com o seu estilo. Além disso, apesar de podermos contar com os computadores para desenhar o mapa, prefira dispensar os recursos tecnológicos.

“Tem que ser feito de forma manuscrita”, sugere Gessoni. Pois é pelo movimento das mãos que você ativa mais o seu cérebro, potencializando os benefícios do mapa. Além de trabalhar mais seu cérebro, ao fazer um mapa e não uma simples lista, diz o especialista, “tudo fica impresso na sua mente por mais tempo”. E é justamente por conta disso que você poderá conquistar com maior facilidade seus objetivos.

Insights

Ter o mapa impresso na sua mente faz com que você esteja sempre pensando naquelas metas, mesmo sem saber. Por conta disso, quando estiver em um momento de lazer, como em um jogo de futebol ou mesmo no bar com os amigos, você poderá ter insights sobre o desenrolar da sua carreira muito mais frequentemente.

Os insights são aquelas ideias extremamente adequadas aos problemas que você têm, mas que surgem sem você estar pensando necessariamente nos problemas. Quando você elabora uma lista simples como plano de carreira, você também está sujeito a ter insights, mas “o mapa mental aumenta absurdamente a frequência dos insights”, diz Gessoni.

Isso tudo acontece de forma bastante resumida, porque o mapa mental é muito mais parecido com a forma que o cérebro trabalha do que com uma lista linear.

Encontro Internacional do DFJUG: JavaFX 2

Quando: terça-feira, 22 de maio, com o tema "JavaFX 2" as 19.30 horas

Resumo da apresentação:

JavaFX tem o poder dos ambientes gráficos modernos, adiciona a capacidade de animações e multimídia e, estende uma portabilidade sem limites na Internet, e além. Ao mesmo tempo, alavanca o poder e o alcance da linguagem e plataforma Java, permitindo acesso total às atuais bibliotecas Java e a integração com tecnologias cliente Java, como o Swing. Esta palestra apresentará a plataforma JavaFX 2 da perspectiva de um veterano desenvolvedor Java. O poder das API de JavaFX serão explicadas através de diversos exemplos que serão construídos durante o curso da apresentação. Se você ouviu falar antes de JavaFX, mas ainda não está certo querer mergulhar nela, agora é a hora de ver o que você está perdendo.Resumo da apresentação: JavaFX tem o poder dos ambientes gráficos modernos, adiciona a capacidade de animações e multimídia e, estende uma portabilidade sem limites na Internet, e além. Ao mesmo tempo, alavanca o poder e o alcance da linguagem e plataforma Java, permitindo acesso total às atuais bibliotecas Java e a integração com tecnologias cliente Java, como o Swing. Esta palestra apresentará a plataforma JavaFX 2 da perspectiva de um veterano desenvolvedor Java. O poder das API de JavaFX serão explicadas através de diversos exemplos que serão construídos durante o curso da apresentação. Se você ouviu falar antes de JavaFX, mas ainda não está certo querer mergulhar nela, agora é a hora de ver o que você está perdendo. 

Palestrante:

Stephen Chin

Stephen Chin é evangelista de tecnologia Java da Oracle, especializado em interface usuário e coautor do livro Pro JavaFX Platform 2, que é a referência técnica para o JavaFX. Ele tem se apresentado em conferencias de Java em todo o mundo, inclusive Devoxx, Codemash, OSCON, J-Fall, GeeCON, Jazoon e JavaOne, onde por duas vezes recebeu o premio de Rock Star. Em suas noites e fins de semana, Stephen é um programador de código aberto, trabalhando em projetos como ScalaFX, que é uma DSL para JavaFX na linguagem Scala, Visage, uma interface orientada ao usuário para a linguagem da JVM, JFXtras, um componente e biblioteca de extensão para JavaFX e, Apropos, uma ferramenta de agendamento do projeto Agile escrito em JavaFX. 

19:30
Recepção e recebimento dos aparelhos de tradução simultânea.
20:00 ~ 20:30
O guia do desenvolverdor Java;
O futuro do desenvolvimento das aplicações para Internet - RIA (Rich Internet Applications).
20:30 ~ 21:30
Perguntas e Respostas, avisos da comunidade e sorteio de livros.
Público alvo:
Desenvolvedores iniciantes em programação Java.

Palestra motivacional em inglês. Haverá tradução simultânea para o português.
Local:
Fac. Projeção Sobradinho (Q.14 s/n AE 21).http://www.faculdadeprojecao.edu.br
(Colégio Sete Estrelas) 

  Atenção : Somente participarão dos sorteios aqueles que doarem um pacote de 5 kg. de Arroz.

SOLIDARIEDADE :


Quanto você vai pagar para por este encontro de tecnologia? NADA!
Como você sabe, este convite é gratuito, mas se você trouxer pacote de 5 kg de Arroz este será doado para o Lar Betel -http://www.betelchildrenshome.org.uk (em ingles), que atende a mais de 200 crianças institucionalizadas (em situação de risco). 

Os Vingadores: o que eles têm a nos ensinar?


Quando temos um grupo de pessoas com características variadas, temos também um grupo de pessoas com objetivos diferentes e que se motivam de maneiras diferentes

 Qualquer um que tenha acompanhado minimamente o grande sucesso "The Avengers", percebe claramente a formação de uma equipe que tem todas as qualidades para obter sucesso, mas que, como grande parte das equipes, caminha em direção contrária a ele. Isso porque normalmente - e até naturalmente - quando temos um grupo de pessoas com características variadas, temos também um grupo de pessoas com objetivos diferentes e que se motivam de maneiras diferentes.
No grupo em questão temos pessoas com excelentes níveis de instrução e treinamento e algumas que vão bem além disso, com super poderes de precisão sobre-humana.
Como essa discussão se baseia em uma ficção, pensemos apenas no que podemos absorver de "real" de cada personagem.
Inicialmente temos no Gavião Arqueiro e na Viúva Negra a face mais humana desta equipe extraordinária. Mesmo sem nenhum super poder eles fazem de suas habilidades grandes armas. Temos neles, entre outros, a persuasão, a sagacidade, a precisão e a eficiência, algumas inerentes destas pessoas, mas todas, por serem competências humanas, possíveis de serem aprendidas e melhoradas. São a prova de que todos são importantes e são também a prova de que o indivíduo deve se fazer importante, buscando compensar suas fragilidades com o aperfeiçoamento de seus talentos.

vingadores
(Imagem: divulgação)
O Hulk é a representação de algo muito comum. Indivíduos que aparentemente são de difícil convivência ou de natureza arredia, com a motivação certa podem se revelar a grande força de resultado. Bem orientados, eles trazem para dentro do projeto todo seu conhecimentos e disposição e tornam palpáveis o cumprimento de várias etapas do trabalho.
O Homem de Ferro é a motivação. É aquele que faz as coisas andarem. Claro que o planejamento é necessário, mas às vezes gastamos tanto tempo no projeto que quando vamos implantá-lo ele já está ultrapassado. Um pouco de impetuosidade dá energia e ela se faz necessária para que a equipe não se acovarde diante do novo. Isso também exercita o raciocínio e faz com que o grupo tenha respostas mais rápidas diante dos desafios. Como nas maratonas, alguém precisa determinar o ritmo.
Thor, o semideus, em suas próprias palavras se declara intocável. É comum encontrarmos alguém assim nos grupos. Porém, distoando do habitual, Thor não é deslumbrado. Ele sabe de seu poder e exatamente por isso sabe que não precisa subjugar os mais frágeis. Sendo o "intocável", ele demosntra humildade pois sabe ouvir, sabe lutar ao lado dos demais e sabe compartilhar.
E enfim o Capitão América. O líder nato. Uma grande representação de liderança. Mesmo em uma equipe repleta de poderosos e gênios, a liderança que poderia ser disputada, foi naturalmente concedida a ele e reconhecida pelos demais. Eles confiam na estratégia do Capitão América pois sabem que ele foi treinado para isso e o capitão corresponde transmitindo segurança nos momentos de maior turbulência. Ele pode não ter o maior conhecimento e algumas vezes pode parecer antiquado mas o tempo todo ele mantém o otimismo e a confiança em sua equipe e assim consegue extrair o melhor de cada um. E ser líder nada mais é que isso: fazer sua equipe acreditar.
E assim, quando cada um reconhece a qualidade do outro, automaticamente percebe que a equipe só poderá funcionar se as individualidades forem deixadas em segundo plano. Mesmo que a motivação seja - e sempre será - diferente para cada um, o objetivo deve ser comum. Alguns vilões, a exemplo de Loki, podem ser mais difíceis de ser derrotados, pois eles pertubam nosso emocional e nos levam ao extremo de nossas possibilidades. Mas se houver sinergia dificilmente haverão metas inatingíveis e as características individuais, que a princípio parecem elementos que não combinam, se tornam peças chave de uma equipe completa e de sucesso.

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As opiniões veiculadas nos artigos de colunistas e membros não refletem necessariamente a opinião do Administradores.com.br.

Empresários devem priorizar cursos de qualificação em horário comercial

Infomoney

Iniciativa reduz ações trabalhistas feitas por funcionários que possam exigir o pagamento de horas extras em função do curso


Os cursos de qualificação ou aprimoramento profissional devem ser realizados, preferencialmente, em horário comercial. A medida visa a redução do número de ações trabalhistas movidas por funcionários, que tentam conseguir na justiça o direito de receber como hora extra o tempo gasto nos cursos realizados fora do expediente.
“A empresa fica mais segura se os cursos forem realizados durante o horário de trabalho. Isso vale também para os não presenciais, ou seja, aqueles treinamentos à distância feitos pela internet”, diz a sócia do Fragata e Antunes Advogados e especialista em Direito do Trabalho, Gláucia Massoni.


Não é hora extra


Caso a empresa não encontre compatibilidade entre seu expediente e o horário do curso, aí sim, recomenda-se que o mesmo seja oferecido ao profissional fora do eixo comercial, já que todos os cursos ofertados pelos empregadores tendem a ser facultativos e não obrigatórios.
“Sendo ele facultativo, o tribunal entende que participa quem quer. Por isso, sua realização não implica no pagamento de horas extras, afinal, o funcionário consentiu com tal estudo”, esclarece Gláucia.


Lembrando que, por agregar valores aos trabalhadores - que são beneficiados com a oportunidade de melhorar sua carreira -, os cursos costumam ser avaliados de forma positiva, já que trazem benefícios ao currículo do mesmo.


Contudo, independente do desfecho da história, o ideal é que o empregador se respalde de eventuais danos. “A empresa deve se munir de elementos legais como e-mails e formulários de consentimento, que possar vir a comprovar a aderência opcional dos empregados ao curso”, informa a advogada.


Custeio do transporte


A realização de cursos no horário comercial ou fora dele, entretanto, não exclui do empregador a responsabilidade pelo custeio do transporte e pela alimentação dos funcionários durante estes eventos.


Nas grandes companhias, por exemplo, esse auxílio já costuma estar incluso no valor a ser pago pelo curso. Entretanto, caso as despesas excedam o imaginado, o mais apropriado é que o empregador seja informado dos gastos para que, assim, possa ele mesmo viabilizar uma outra forma de auxiliar o trabalhador.

Veja 10 maneiras erradas de um gestor motivar sua equipe

Fonte: www.administradores.com.br

Para especialistas, gestores esquecem que os profissionais se motivam de formas diferentes, o que pode gerar efeito contrário

O que toda empresa quer é profissionais motivados, animados e interessados em fazer seu melhor. Para isso, porém, é preciso saber estimular esse comportamento, oferecendo promoções, novos desafios e mais autonomia, por exemplo. O problema é que nem todo gestor sabe que, muitas vezes, ao invés de estar motivando ele pode estar desmotivando seus funcionários.

Pensando nisso, elaboramos uma lista com 10 maneiras erradas de motivar os funcionários. Contamos, para isso, com a ajuda de especialistas em gestão de carreira e motivação. Confira:

1. Os profissionais são únicos - “não existe motivação em massa”, explica o especialista em motivação, Roberto Recinella. Uma das maneiras erradas de motivar os profissionais é acreditar que o que motiva um motiva todos. Os líderes que não conhecem cada um dos membros de suas equipes podem cometer esse erro.
Na prática, o gestor acredita que determinado elemento vai motivar um profissional, pois foi o mesmo elemento que já motivou um outro trabalhador. Mas, segundo Recinella, isso não funciona sempre. A sugestão é conhecer cada um dos membros da equipe, entendendo suas necessidades e interesses.

2. Desafios megalomaníacos - a maioria das pessoas sabe que os profissionais, para se sentirem motivados, querem desafios constantes. Ou seja, uma oportunidade de superar uma meta e de mostrar um bom trabalho. O erro acontece quando o líder, pensando que vai motivar, estipula um desafio absurdo, que dificilmente será atingido. “O profissional sabe que não vai conseguir e logo fica desmotivado”, analisa o especialista. Os desafios devem sempre ser propostos, mas precisam ser palpáveis.

3. Sempre em cima - ainda na lógica do item um, o líder pode desmotivar, tentando motivar, se não entender as necessidades e os interesses dos profissionais. Nesse caso, a desmotivação acontece porque o chefe fica em cima demais do funcionário, acreditando que ele quer esse acompanhamento de perto, quando, na realidade, o que ele deseja é mais autonomia e liberdade.
Novamente, os profissionais são diferentes uns dos outros. Se o chefe entende que acompanhar de perto o trabalho de um profissional o motiva, ele não deve acreditar que isso vai motivar todos os demais. Portanto, é importante identificar as necessidades de cada um.

4. Falta de clareza - o líder também pode desmotivar alguns membros da equipe quando está tentado motivar outros. Promover um funcionário, por exemplo, sem dúvida fará com que esse profissional se motive. Porém, se essa promoção não for clara, ou seja, se os demais não entenderem os motivos dela, será um grande fator desmotivacional para os demais membros da equipe.

5. Feedback mal dado - alguns líderes acreditam que fazer uma crítica fará com que o profissional queira mudar, melhorar e virar o jogo. Por isso, ao dar um feedback, criticam alguns pontos do trabalho do profissional – pensando que ele vá querer melhorar. O problema, novamente, é que as pessoas são diferentes, ou seja, alguns são automotiváveis, enquanto outros desanimam totalmente.
A sugestão é fazer um feedback bem estruturado, ou seja, apontar os pontos que deveriam ser melhorados, observando a maneira de falar e ainda ressaltar os pontos positivos do trabalho do profissional.

6. Falta de feedback - na mesma linha do item anterior, o feedback é uma questão bastante delicada. Se o líder prefere não fazer, pensando que o profissional vai achar que a ausência de feedback significa que não há nada de errado com seu trabalho, isso pode ser um “grande tiro no pé”, explica a professora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Adriana Gomes.
Sem uma avaliação do seu trabalho o profissional pode sentir que não é importante, que seu trabalho não faz nenhuma diferença.

7. Promoção sem remuneração - promover uma pessoa de cargo é um ótimo fator motivacional, mostra que seu trabalho foi reconhecido e que ele está pronto para novos desafios. Mas, novamente, nem todos os profissionais são iguais, e se o líder pensar que uma promoção sem aumento de salário é sinônimo de motivação para qualquer profissional, ele pode estar muito enganado. Mesmo que o funcionário se motive num primeiro momento, com o tempo ele vai entender que só tem mais trabalho, pelo mesmo salário.

8. Possibilidades que nunca chegam - Adriana explica que outro fator que pode gerar grande desmotivação, apesar do objetivo não ser esse, é prometer coisas e nunca cumpri-las. Desde sinalizar uma promoção que nunca chega, até coisas menores, como uma visita ao cliente, a participação em um projeto, novos desafios e remuneração maior. Claro que inicialmente o profissional vai se motivar, mas, quando ele entender que nada acontece, a situação pode ficar muito ruim.

9. Delegar sem dar suporte - se o líder delega funções extras a um membro da equipe, é preciso que ele também dê o suporte necessário. Muitas vezes os profissionais podem sentir que não estão preparados para assumir determinadas tarefas e, se não puderem contar com o suporte do líder, o que deveria ser um fator motivacional, acaba desmotivando.

10. Delegar sem dar autonomia - o líder também deve saber que autonomia é importante para alguns profissionais. Logo, se ele delegar algumas funções, mas continuar centralizador demais, isso pode ofuscar a motivação inicial de ter assumido novas responsabilidades.

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Scraping: a superfície das fronteiras legais do uso da internet

Tecnologia da nova era: tribunais brasileiros e americanos


Por Fernando M. Pinguelo*, Renato Opice Blum** e Kristen M. Welsh***

A internet tem fornecido a qualquer um, em qualquer lugar, uma riqueza de informações a um estalar de dedos. Dentro da atual e sempre crescente era da tecnologia, os juízes brasileiros e americanos continuam a traçar limites legais dentro de um ciberespaço aparentemente ilimitado. A imensidão da Internet e sua tecnologia transcendem os limites geográficos e propõem questões mundiais de regulamentação.

Uma das tecnologias, que chamou a atenção dos negócios e resultou em batalhas legais, é o scraping (software) - uma técnica de computação que extrai informações públicas disponíveis em websites. Ocorre que, por si só, o scraping pode não ser ilegal. Juízes no Brasil e nos Estados Unidos começam a delinear o uso permissível e não permissível desta tecnologia.

Processos sobre Scraping no Brasil

Uma recente sentença do juízo de primeira instância da comarca de São Paulo, Brasil, deu novo significado ao direito de propriedade de informações disponíveis na Internet. O parecer da justiça brasileira no processo Curriculum Tecnologia Ltda. x Catho Online S/C Ltda., e outros, examina pedidos de concorrência desleal e violação das normas dos direitos autorais, para serem aplicados à Internet. A autora, Curriculum Tecnologia Ltda. ("Curriculum"), e a ré, Catho Online S/C Ltda. ("Catho"), são empresas de recrutamento de emprego, e operam somente através da Internet. Milhares de indivíduos que procuram empregos usam os serviços dessas empresas postando seus currículos nos respectivos websites. Os empregadores, por sua vez, revisam milhares de empregados em potencial para preencher seus cargos disponíveis. De fato, Curriculum é um dos maiores sites de empregos no Brasil, fornecendo locais para reuniões para mais de 6 milhões de candidatos e 100 mil empresas usuárias. Esses serviços permitem uma conexão mais fácil e rápida para abrir o mercado de empregos.

Em fevereiro de 2002, segundo dados do processo, os desenvolvedores da Curriculum observaram um aumento na atividade do website de sua empresa. Geralmente, clientes da Curriculum procuram cerca de 500 currículos por dia em seu website e os desenvolvedores suspeitaram quando um usuário específico registrou mais de 63.000 buscas em um só dia. Mediante uma maior investigação, os técnicos da Curriculum bloquearam essa conta e rastrearam sua origem até um computador na Catho, a ré concorrente. Com o resultado de suas investigações e os meios de prova, a Curriculum processou a Catho alegando várias reclamações relacionadas ao negócio. Enquanto o processo prosseguia em seu curso normal, os esforços na coleta de dados revelaram indícios de ilegalidade da Catho em violação à lei brasileira para adquirir informações do website da Curriculum. Em resumo, a Catho desenvolvia um programa que a habilitava a cópia em massa do banco de dados do website da Curriculum, por meio do qual poderia acessar todos os currículos disponíveis no website da autora. Assim que a Catho obtinha acesso a essas informações, utilizava-se destas para seus propósitos comerciais. O propósito por trás dos esforços da Catho seria a de incrementar sua própria base de empregados em potencial para oferecer uma maior variedade de recrutamento de empregos online.

Para avaliar a quebra de segurança e o valor das informações adquiridas, precisamos entender a função do mercado de recrutamento de empregados no Brasil, onde as partes operam. Ambas as partes operam principalmente com o mecanismo de pesquisa de empregos online. Pessoas físicas que procuram emprego e empregadores que procuram pessoas físicas qualificadas utilizam os serviços destas empresas pagando taxas que permitem a colocação dos currículos e propagandas de empregos, permitindo a pesquisa por ambas as partes. Estes serviços baseados na web oferecem vários graus de acesso a currículos e anúncios conforme a taxa paga, que por sua vez gera receita para estas empresas. O website da Curriculum fornece a seus usuários instruções e vários menus que permitem a eles navegar eficientemente e efetivamente em sua página da web. Mas a Curriculum não fornece a todo usuário acesso ao seu banco de currículos. Ao contrário, o website usa filtros que permitem somente a determinados clientes, com conta específica, o acesso a estas informações. Após a autora ter ajuizado uma ação judicial, as partes apresentaram argumentos perante a Justiça Brasileira para apoiar suas respectivas posições. A Curriculum argumentou que tinha interesse na propriedade dos dados e, por isso, a Catho teria cometido concorrência desleal e feito cópia não autorizada das informações da Curriculum. A Catho argumentou que as informações eram públicas, e o acesso à internet era público e irrestrito. Portanto, as informações não tinham proteção legal. Sustentando a indenização concedida em primeira instância, o Juiz Luiz Mario Galbetti, da 33ª Vara Cível de São Paulo considerou que a Catho cometeu concorrência desleal por ter violado os sistemas de computadores da Curriculum e adquirido ilegalmente milhares de currículos ali postados. O juízo entendeu que a transmissão e expansão do banco de dados da Catho, por meio da aquisição ilegal, serviram para incrementar a visibilidade do mercado com efeitos diretos nos lucros obtidos pela Catho. Apoiando-se em noções de enriquecimento ilícito, abuso de direito, o tribunal estabeleceu indenização na quantia de R$ 21.828.250,00 (Reais brasileiros). Para calcular a indenização, o juízo considerou a quantia cobrada pela Catho por mês para postar um currículo na sua website, R$50,00, multiplicada por 436.595 currículos ilegalmente adquiridos. Com juros e multas adicionais esses R$ 21.828.250,00 resultaram em uma indenização compensatória de R$ 63 milhões, ou, aproximadamente, 42 milhões de dólares americanos.

Processos sobre Scraping nos Estados Unidos

Igualmente, os tribunais dos Estados Unidos têm procurado estabelecer os limites legais da extração de informações de websites públicos. No caso EF Cultural Travel x. Zefer Corp, 318 F.3d 58 (1st Cir.2003). O Tribunal de Apelação Americano, concedeu uma liminar de acordo com a Lei de Fraude e Abuso em Computadores [Computer Fraud and Abuse Act ("CFAA")], 18 U.S.C. 1030, para proibir o uso de programa de software de "scraper" que as rés utilizavam para coletar informações sobre preços do website da requerente/concorrente. Zefer Corp. ("Zefer") requereu a revisão da decisão antecipatória, implementada em um procedimento anterior com a co-ré Explorica, Inc. ("Explorica"). Ver EF Cultural Travel BV contra Explorica, Inc., 274 F.3d 577 (1st Cir. 2001).

EF e Explorica são concorrentes no negócio de viagens estudantis, operando websites que permitem que seus visitantes explorem vários pacotes de viagem. Para ganhar competitividade, Explorica contratou Zefer para fazer um programa que permitiria à Explorica o scraping dos preços do website da EF e baixá-los em uma planilha do Excel. Após acessar os preços dos pacotes de viagem da EF, Explorica refez seus custos e os barateou propositadamente em media de 5%. A EF se deparou com o esquema de scraping ao descobrir um processo não relacionado, no tribunal estadual, envolvendo a Explorica. Como resultado, EF ajuizou um processo em âmbito federal, com pedido de liminar baseada em que o scraping havia violado tanto a legislação federal sobre direitos autorais quanto várias disposições da CFAA [Computer Fraud and Abuse Act], Lei de Fraude e Abuso contra Computadores.

O fundamento da questão no caso era se o uso do programa de scraping excedia o acesso autorizado, violando a lei federal. A disposição relevante da CFAA examinada em juízo versa:

"Qualquer indivíduo que... conscientemente, e com intenção de fraudar, acessar um computador protegido, sem autorização, ou exceder o limite de acesso autorizado, e, por meio de tal conduta intensificar o intento de fraude e obter qualquer objeto de valor, a não ser que tal objeto de fraude e o que for obtido consista somente do uso do computador e o valor de tal uso não seja maior do que R$5.000 em qualquer período de 1 ano... será punido de acordo com a subseção 'c' desta seção."

Enquanto CFAA define "excede acesso autorizado" como "acessar um computador sem autorização e utilizar tal acesso para obter ou alterar informações no computador o qual a pessoa não autorizada não tem direito nem a acesso nem a fazer alterações,” o tribunal no caso EF Cultural Travel analisou o termo "autorização." O Tribunal sustentou que autorização pode ser determinada explicitamente, por exemplo, por meio de declaração direta restringindo acesso, ou implicitamente. Ao definir a autorização implícita, se apoiou no termo "expectativas razoáveis" e embora concordasse que autorização poderia ser tanto explícita quanto implícita, rejeitou a aplicação do termo de expectativas razoáveis usado pelo juízo de primeira instância. Ao invés disso, o juízo de segunda instância determinou que “o(s) provedor (es) de website público podem facilmente dizer explicitamente o que é proibido e da mesma forma, que nada justifica deixar os usuários a mercê de um padrão altamente impreciso, gerador de litígios, como o termo 'expectativas razoáveis' ".

Como resultado, o Tribunal determinou que uma manifestação clara da intenção da companhia de que nenhuma informação seja coletada de seu website se faria necessária para demonstrar "falta de autorização," tal como uma declaração explícita na página do website restringindo o acesso. Ou, para ser mais direto, “se a EF deseja banir scrapers, deve dizer isto na página de seu website ou em um link claramente marcado como contendo restrições.” Todavia, a decisão deste Tribunal de segunda instância não eliminou o conceito de autorização implícita, visto que ela pode ser suficiente em outras circunstâncias. Contudo, a decisão ressaltou que o autor deveria demonstrar sem ambiguidade que a autorização era proibida.

A decisão do caso EF Cultural Travel promulga a teoria a qual afirma que o direito de controlar o acesso implica em um direito de impedir ou obter remédios jurídicos para qualquer acesso não autorizado. Conforme demonstrado neste caso, a autorização pode ser estabelecida tanto implicitamente quanto explicitamente. Outro método de divulgar falta de autorização pode ser por meio da criação de barreiras tecnológicas, tais como criptografia de informações específicas. De acordo com este regime, após o encontro inicial, um terceiro deve obter permissão ou tomar as medidas necessárias para driblar as barreiras tecnológicas. Finalmente, os proprietários de bancos de dados podem também estabelecer condições de autorização de uso por meio de termos contratuais.

Qualquer que seja o meio de estabelecer autorização, ou falta dela, fica evidente que um esforço razoável para proteger é uma pré-condição para manutenção deste direito. Contudo, reconhece-se que a simples postagem de informações em um domínio público, como a internet, não extingue por si mesma, um direito de proteção daquelas informações. Esta suposição também se repete na análise da jurisprudência de apropriação indevida de sigilos comerciais.

Por exemplo, em Barnett, Inc. versus. Shidler, 338 F.3d 1125 (10th Cir. 2003), o Tribunal examinou se antigos empregados haviam se apropriado indevidamente de um sigilo comercial ao implementar o programa Pesquisa sobre Natação Infantil [Infant Swimming Research programa ("ISR")], que havia sido concebido pelo requerente como abordagem científica comportamental, para prevenção de afogamento pediátrico. Ao considerar que o programa ("ISR") não era um sigilo comercial, o juízo de primeira instância declarou que “o requerente permitiu que seu programa se tornasse de domínio público antes de buscar proteção…” referindo-se a vários livros publicados que explicam o método. Ao reformar esta decisão, o juízo de segunda instância enfatizou a decisão do caso Rivendell Forest Prods., Ltd. V. Georgia-Pacific Corp., 28 F.3d 1042, 1045 (10th Cir.1994) no qual o juízo determinou que “um sigilo comercial pode existir combinado com características, que consideradas separadamente são de domínio público, porém juntas podem gerar vantagem competitiva que resulta em sigilo comercial passível de proteção, "tornando mais sólido o argumento que afirma que informações podem ser sigilosas comercialmente não obstante o fato de alguns de seus componentes serem bem conhecidos". Vide também Syncsort v. Innovative Routines, No. 04-CV-03623, 2011 BL 213594(D.N.J. Aug. (18, 2011) (a primeira instância federal de New Jersey examinou a existência de um sigilo comercial à luz de sua breve publicação na internet). Enquanto a jurisprudência que envolve scraping requer alguma forma de notificação quanto à falta de autorização, esta linha de raciocínio cancela qualquer argumento de que informações postadas na Internet não deveriam ter proteção legal simplesmente por serem de natureza pública.

Um tribunal deve determinar a intenção subjacente do scraper, pois a legalidade de extrair dados de um website frequentemente se baseia na intenção subjacente de copiar. A cópia de informações para qualquer finalidade considerada "uso justo" pode, portanto não ser passível de ser processada. Conforme provado por EF Cultural Travel e Curriculum, este elemento chave é o que frequentemente implica em remédios jurídicos.

Lições aprendidas

O fácil acesso a informações disponibilizadas pela Internet criou uma cultura global que frequentemente aceita o livre uso (e abuso) de informações. Isto resulta em limites pouco claros entre propriedade pública e privada, especialmente para aqueles que realizam negócios por meio da Internet.

Portanto, a menos que um banco de dados seja composto de conteúdo independente com direito à proteção, por exemplo, através da lei de direitos autorais ou de sigilo comercial, os proprietários de bancos de dados devem se apoiar em uma "colcha de retalhos" de remédios jurídicos disponíveis. Os proprietários de bancos de dados podem buscar proteção em conformidade com as leis de comércio injusto ou com as teorias do direito costumeiro [common law] tais como apropriação indevida. Restrições contratuais também oferecem proteção, porém tal remédio requer confidencialidade. Ademais, enquanto uma reclamação de violação pode também ser uma opção possível, a maioria dos tribunais exige uma demonstração do dano real. Ainda, a proteção sob a CFAA pode ser justificada. Enquanto cada opção tem suas próprias nuances, os tribunais estabelecem o fundamento da proteção em resposta às ilegalidades da era da Internet. Assim, enquanto os remédios, em potencial, disponíveis para proprietários de bancos de dados tendem a ser limitados na legislação dos Estados Unidos, isto é, indubitavelmente apenas, o começo.

Independentemente do princípio jurídico subjacente declarado contra um scraper ilegal, a responsabilidade é imputada com base em cada caso dependendo do tipo de acesso obtido pelo scraper, da quantidade de informações acessadas e copiadas, do grau em que o acesso afeta adversamente o sistema do proprietário do website e dos tipos e forma de proibições em tal conduta.

A indenização monetária significativa concedida pelo tribunal de São Paulo ressalta o valor das informações para uma empresa e sua sobrevivência. A decisão também serve de aviso para bilhões de usuários da Internet globalmente, como o cálculo da indenização serve não apenas para punir o transgressor, mas também para desencorajar a atividade ilegal em si mesma.

Estas decisões evidenciam uma nova e justa tentativa do judiciário de focar questões legais apresentadas pela Internet. Embora a abordagem ainda não seja uniforme, o judiciário tem dedicado óbvios esforços para proteger os proprietários de informações na Internet de usos prejudiciais aos proprietários dos referidos sites.

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* Fernando M. Pinguelo é advogado residente nos Estados Unidos, sócio da Norris, McLaughlin & Marcus, P.A. e vice-presidente da empresa Response to Electronic Discovery & Information Group;


** Renato Opice Blum é advogado e economista, CEO do escritório Opice Blum Advogados Associados; coordenador do curso de MBA em Direito Eletrônico da EPD e do curso de Direito Digital da GVLaw; professor convidado da USP (PECE) e Mackenzie; presidente do Conselho de Tecnologia da Informação e Comunicação da FECOMERCIO/SP e do Comitê de Direito da Tecnologia da AMCHAM; Membro da Comissão de Direito da Sociedade da Informação – OAB/SP; coordenador e coautor do livro "Manual de Direito Eletrônico e Internet" e "Direito Eletrônico: a internet e os tribunais";


*** Kristen M. Welsh é uma litigante residente nos Estados Unidos, associada do Schiffman, Abraham, Kaufman & Ritter, e devota sua carreira a questões de direito comercial e trabalhista

Fazer o que gosta X Gostar do que faz

Por Stephen Kanitz,
Formado em Administração de Empresas por Haward e articulista da VEJA.


A escolha de uma profissão é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando "fazer o que se gosta", um conselho confuso e equivocado.


Nenhuma empresa paga profissional para fazer o que os funcionários gostam, que normalmente é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.


Justamente, paga-se um salário para compensar o fato de que o trabalho é essencialmente chato.


Mesmo que você ache que gosta de algo no início de uma carreira, continuar a gostar da mesma coisa 25 anos depois não é tão fácil assim. Os gostos mudam, e aí você muda de profissão em profissão?

As coisas que eu realmente gosto de fazer, eu faço de graça, como organizar o Prêmio Bem Eficiente; ou faço quase de graça, como escrever artigos para a imprensa.


Eu duvido que os jogadores profissionais de futebol adorem acordar às 6 horas todo dia para treinar, faça sol, faça chuva. No fim de semana eles jogam bilhar, não o futebol que tanto dizem adorar.


O "ócio criativo", o sonho brasileiro de receber um salário para "fazer o que se gosta", somente é alcançado por alguns professores de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral. Nós, a grande maioria dos mortais, teremos que trabalhar em algo que não necessariamente gostamos, mas que precisará ser feito. Algo que a sociedade demanda.


Toda semana recebo jovens que querem trabalhar na minha consultoria num projeto social. "Quero ajudar os outros, não quero participar deste capitalismo selvagem".


Nestes casos, peço para deixarem comigo seus sapatos e suas meias, e voltarem a conversar comigo em uma semana. Normalmente nunca voltam, não demora mais do que 30 minutos para a ficha cair.

É uma arrogância intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles não ajudam os outros. O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem "fazer o que gostam?"

Quem irá retirar o lixo, que pediatra e obstetra atenderá você às 2 da madrugada? Vocês acham que médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos porque gostam?

Felizmente para nós, os médicos, empresas, hospitais e entidades beneficentes que realmente ajudam os outros, estão aí para fazer o que precisa ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que precisa ser feito, do que os egoístas que só querem "fazer o que gostam".

Teremos então que trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressora?

A saída é aprender a gostar do que você faz, em vez de gastar anos a fio mudando de profissão até achar o que você gosta. E isto é mais fácil do que você pensa. Basta fazer o seu trabalho com esmero, um trabalho super bem feito. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfeição.

Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitirão fazer seu trabalho com distinção e que o colocarão à frente dos demais.


Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz questão de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isto, demoro demais, vivo brigando com quem é medíocre, reescrevo estes artigos umas 40 vezes para o desespero dos editores, sou super exigente, comigo e com os outros.


Hoje, percebo que foi este perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.

Se você não gosta do seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor na sua área, destaque-se pela sua precisão. Você será aplaudido, valorizado, procurado e outras portas se abrirão. Você vai começar a gostar do que faz, vai começar até a ser criativo, inventando coisa nova, e isto é um raro prazer.


Faça o seu trabalho mal feito e você estará odiando o que faz, a sua empresa, o seu patrão, os seus colegas, o seu país e a si mesmo. Esta é na minha opinião, o problema número 1 do Brasil. Fazemos tudo mal feito, fazemos o mínimo necessário, simplesmente porque não aprendemos a gostar do que temos de fazer e não realizamos tudo bem feito, com qualidade e precisão.

Sustentabilidade Corporativa E Gestão Da Mudança

Autor: Julianna Antunes

Quando pensamos em sustentabilidade corporativa, a etapa mais complexa e difícil é a implementação, uma vez que esta acarreta profunda mudança no comportamento dos profissionais e nos valores da organização. Afinal, não é de um dia para o outro que se cria o hábito de jogar lixo em lixeiras específicas, que se utiliza a escada para subir apenas um andar, que se desliga o monitor quando se ausenta da estação de trabalho, ou então que se imprime frente e verso do papel. Isso para citar apenas alguns exemplos básicos da aplicação da sustentabilidade nas empresas.

Para auxiliar na empreitada, o change management funciona como excelente ferramenta de suporte. Bastante utilizado nas áreas de TI e de projetos, sua função é minimizar o impacto das mudanças, diminuindo os riscos de implementação e garantindo comprometimento e motivação dos envolvidos. A forma como o processo é aplicado pode variar de empresa para empresa, no entanto, há pontos em comum em todas as metodologias que não podem ser deixados de lado, principalmente as ações de planejamento, condução da mudança, capacitação e indicadores e métricas.

Na fase de planejamento, é possível avaliar em que estágio a empresa se encontra no que diz respeito à sustentabilidade e onde ela pretende chegar. Ferramentas como Indicadores Ethos e GRI são de grande valia para a análise, apesar de não serem obrigatórias. Além disso, é necessário identificar possíveis impactos causados, já que as ações planejadas nesta etapa funcionarão como diretrizes para a implementação.

Durante a condução da mudança é realizado o mapeamento de stakeholders, onde são classificados e monitorados os possíveis “patrocinadores” do projeto. Nesta fase, o objetivo principal é assegurar o comprometimento dos profissionais-chave e a criação de uma rede orientada para a mudança, possibilitando o acesso às informações a todos os níveis da empresa.

Uma etapa bastante difícil no processo de implementação é a da capacitação, pois este é o momento em que os conceitos de sustentabilidade corporativa são disseminados. Conflitos e resistência podem surgir, e, dependendo da gravidade, até mesmo, afetar o desempenho da empresa. Nesta fase o apoio dos tomadores de decisão é crucial para o sucesso do projeto.

A sustentabilidade deve ser encarada como estratégia competitiva desde o seu planejamento, e sua performance atrelada ao negócio da empresa. Para isso, é fundamental a definição de indicadores de implementação, como custo, tempo, impactos mitigados, entre outros. É preciso também, uma vez implementada, a definição dos indicadores de operação, como redução de consumo de bens naturais, valor de marca, negócios alavancados, além das métricas a serem alcançadas.

Implementar a sustentabilidade corporativa de forma alguma é fácil. O bom resultado depende não apenas de como a mudança é gerenciada, mas também da maturidade da organização sobre o assunto, suas motivações e do quanto o público interno é receptivo ao conceito. A mudança nos valores é fundamental, mas é necessário que o discurso esteja alinhado com o que é efetivamente praticado, já que, mais que a onda do politicamente correto, optar por ser uma empresa sustentável é um caminho sem volta.
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Perfil do Autor


Jornalista (com diploma), adepta da escrita na língua portuguesa pré-2009,



pós-graduada em responsabilidade social empresarial e terceiro setor, tenho trabalho desenvolvido em sustentabilidade corporativa e green business.




Contato: mailto:sustentabilidade@sustentabilidadecorporativa.com

Twitter: @sustentabilizar

Gerenciamento de Projetos e o Encontro com o Alienígena

Autor: Peter Taylor


É possível que você conheça esta história:

Seis homens cegos foram convidados a determinar com o que um elefante parecia, pelo que sentiam ao tocar diferentes partes do seu corpo.


O cego que sente uma perna diz que o elefante é como um pilar, aquele que sente o rabo diz que o elefante é como uma corda, aquele que sente o tronco diz que o elefante é como um galho de árvore, aquele que sente a orelha diz que o elefante é como um ventilador manual, aquele que sente a barriga diz que o elefante é como um muro, e aquele que sente a presa, diz que o elefante é como um tubo sólido.


Um homem explica-lhes: "Todos vocês estão certos. A razão pela qual cada um de vocês classificou de forma diferente deve-se ao fato de que cada um tocou uma parte diferente do elefante. Na verdade o elefante tem todas as características mencionadas.

Esta é uma boa história que mostra que para explicar e compreender algo que é complexo é necessário ter-se a imagem completa. Cada um dos cegos estava correto, mas juntos tiveram uma compreensão maior.


Através de uma série de discussões pelo LinkedIn, fiz a seguinte pergunta:


"Nós todos sabemos a definição de gestão do projeto, mas, para que as outras pessoas entendam o que fazemos, como é que você descreve a gestão de projeto, de uma forma simples, para alguém que não tem a menor ideia sobre o assunto."


Pode ser impressão minha, embora eu tenho quase certeza que não, pessoas que estão fora da área de gerenciamento de projetos não têm noção do que se trata. Minha família não tem ideia sobre o que eu realmente faço e, aqui está um teste: pergunte a qualquer gerente de projeto se ele sabe responder a uma pergunta simples. Ele deve responder rapidamente, sem tempo para pensar; apenas responder! OK. Olhe em seus olhos e pergunte "o que faz um gerente de projeto?” - Aposto que ele irá murmurar algo parecido com “Ele gerencia projetos ...”


Não muito útil.


Naturalmente, como era esperado, as pessoas responderam com comentários que vão desde "Se um alienígena chegar do espaço, provavelmente saberá mais sobre gerenciamento de projetos do que nós" até o clássico “Eu pensei que os gerentes de projeto fossem alienígenas” – muito bem, não são, apesar de que os patrocinadores poderiam muito bem ser.


A seguir estão algumas das boas sugestões, juntamente com alguns dos meus comentários (E eu, naturalmente, agradeço a todos que apresentaram ideias):


"Ter a certeza de que alguma coisa que precisa ser feita não irá custar mais e demorar mais tempo do que o planejado, a todo o tempo antecipando quaisquer condições adversas ou obstáculos que possam impedi-lo de alcançar suas metas e planejar como superá-los se eles ocorrerem. Coordenar as pessoas para fazer diferentes atividades à medida que ocorrem e certificando-se que o objetivo final foi alcançado.”


Na verdade, quando eu explico em termos simples como estes, as pessoas olham para mim como se dissessem que isto não soa muito difícil e, com certeza, qualquer um pode fazer!


[Lição: Descrevendo as coisas de uma forma simples pode fazer parecer simples para serem feitas.]


"Uma maneira de reduzir a dor"


[Isso nos faz soar como uma pílula para dor de cabeça]

"Gerenciamento de Projetos envolve pensar antes de agir, fazer boas escolhas baseado em bom conhecimento, mantendo informados todos que precisam ser informados e equilibrar a necessidade de fazer um bom trabalho com os limites do nosso bolso."


[Muito bem colocado]


"Se eles chegaram aqui, não deveríamos estar perguntando a eles? Sem ofensa para a equipe da NASA, mas devemos aprender com os líderes de mercado."


[Avisei sobre esse tipo de resposta, mas eu gosto do conceito do líder de mercado]

“Começando algo novo e excitante feito com um grupo de pessoas!”


[Doce, com o olhar a partir de um ângulo diferente]


“A verdadeira definição de um projeto, de acordo com a acepção moderna, é um grande empreendimento, grande demais para ser gerenciado e, portanto, provavelmente o suficiente para se tornar em nada.”


[Um pouco negativo, talvez, mas eu percebo a dor]


"À medida que viajam através do espaço e tempo, gerenciamento de projetos é a ferramenta universal que permite que nossas viagens tomem o caminho mais curto através do espaço, em uma curta duração de tempo, com o uso do menor número de unidades de carbono qualificado possível."


[Eu gosto do estilo ágil aqui e havia um monte de 'viagens' baseadas nas explicações sugeridas]


"É importante ressaltar aos alienígenas que gerenciamento de projetos também requer a capacidade de realizar milagres, e que os gerentes de projeto são realmente milagrosos. Como Jesus que alimentou multidões com dois peixes e cinco pães, nós também temos que milagrosamente entregar expectativas irrealistas em prazos irreais, com um orçamento limitado. Que leva a uma habilidade muito especial: faz com que os gerentes de projetos sejam seres muito especiais. "


[Eu concordo com a proposta de sermos seres especiais, mas não tenho muita certeza das habilidades sobrenaturais - eu estou ouvindo mais dor]


“Gerenciamento de projetos é um verbo, não um substantivo."


[Um bom pensamento]


E assim os comentários seguiram-se (obrigado a todos mais uma vez) - uma mistura de desespero, humor e pensamento profundo.


Então, por que é tão difícil?


Aqui estamos nós com um alienígena (ou amigo ou parente ou vizinho) e nós temos 5 minutos para dizer-lhes o que fazemos. Certamente, devemos ser simples.


Albert Einstein disse: 'Se você não consegue explicar algo simplesmente, você não entendeu o suficiente sobre o tema'.


Realmente? Eu acho que nós sabemos de gerenciamento de projetos muito bem e nós certamente temos muita documentação sobre o assunto para nos ajudar e temos feito isso já há algum tempo.


Leonardo da Vinci declarou "Simplicidade é a sofisticação definitiva."


Então, todos nós não somos sofisticados? Definitivamente não. Parece que começamos uma jornada, mas ainda não chegamos a qualquer destino.


Em uma tentativa final e desesperada de obter algo útil para concluir este artigo eu acessei o serviço de respostas online 36663 que se declara ‘O serviço de respostas mais preciso do Reino Unido'. Depois de 5 minutos eu obtive esta resposta:


"O gerenciamento de projetos é o planejamento, execução e finalização dos projetos. Trata-se de identificar as necessidades de recursos e controle de qualidade."

Eu comentei isso com o alienígena que vive no quarto do meu filho adolescente, na maior parte das vezes jogando no X-box, e ele apenas disse "O quê?”


Ó Vida!


Sobre o autor:


Apesar do título de “O Gerente de Projeto Preguiçoso”, Peter Taylor é de fato um profissional dinâmico e astuto, que tem conquistado notável sucesso em gerenciamento de projeto, gerenciamento de programa e desenvolvimento profissional de gerentes de projeto. Atualmente é Diretor de PMO na Siemens PLM Software, um fornecedor global de soluções para gerenciamento de ciclo de vida de produtos. Mr. Taylor é um excelente comunicador e líder; sempre adota uma abordagem proativa e focada em negócios, e é um palestrante profissional com atuação através da City Speakers International. Autor do livro ‘The Lazy Project Manager’ (Infinite Ideas 2009). Maiores informações sobre o livro e o autor podem ser obtidas em www.thelazyprojectmanager.com.
E-mail do autor: taylor.peter@siemens.com