Por Karin Sato - InfoMoney
Ainda é pequena, no Brasil, a preocupação de pequenas e médias empresas com o tema gestão de pessoas, revelou uma pesquisa promovida pela ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), durante o congresso de gestão de pessoas CONARH.Entre os congressistas que pagaram para assistir as palestras sobre gestão de pessoas, a maioria (52%) trabalha no setor privado, 71% ocupam cargos de gestão, 88% atuam no departamento de Recursos Humanos e 65% trabalham em empresas com mais de 500 empregados.Diferencial competitivoDe acordo com o presidente da ABRH-Nacional, Ralph Arcanjo Chelotti, estes dados revelam que as grandes empresas já perceberam a importância das pessoas para o desenvolvimento satisfatório dos negócios, inclusive sendo um diferencial competitivo, uma mensagem que ainda não contagiou de modo significativo as pequenas e médias empresas."Mais de 90% das cerca de 6 milhões de empresas no Brasil são pequenas e médias e de administração familiar, que costumam ter metodologias de gestão de pessoas diretamente associadas aos modos como os donos das empresas enxergam essa questão. Isso é preocupante, pois é sabido que o Brasil tem uma cultura autocrática", lamenta.Modelos primitivos de gestãoPara o presidente da ABRH-Nacional, embora se acredite que a valorização das pessoas é um movimento que já toma conta das empresas, esta não é verdadeiramente uma realidade, pois a maioria delas, principalmente as pequenas e médias, tem modelos de gestão de pessoas ainda primitivos.