Lentes de contato inteligentes projetarão imagens na retina

Com informações da New Scientist - 17/01/2011
Lentes de contato inteligentes projetarão imagens na retina
A empresa suíça Sensimed está colocando no mercado as primeiras versões de uma lente de contato inteligente voltada para melhorar o tratamento de pessoas com glaucoma. [Imagem: Sensimed]



Da próxima vez que você olhar bem fundo nos olhos de alguém e ver um microcircuito eletrônico, não precisa sair correndo achando que aquela pessoa foi assimilada pelos Borgs.
Lentes de contato capazes de monitorar a saúde dos olhos já estão próximas de estrear no mercado.
O campo da realidade aumentadatambém é florescente. Mas os cientistas agora foram mais longe, inaugurando o campo da "visão aumentada".
Projetar imagens na retina
Uma nova geração de lentes de contato inteligentes, com microcircuitos eletrônicos integrados, serão capazes de projetar imagens diretamente na retina, criando telas que permitirão uma experiência inédita de realidade virtual e realidade aumentada.
Esses projetores instalados diretamente na superfície dos olhos não apenas dispensarão os projetores de cabeça ou instalados em óculos, como permitirão que os usuários assistam seus vídeos de olhos fechados.
Para isso, os pesquisadores estão mesclando os materiais transparentes e biocompatíveis usados nas lentes de contato tradicionais, com circuitos microeletrônicos flexíveis.
Em 2008, a equipe do Dr. Babak Parviz, da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, deu o pontapé inicial nessa linha de pesquisas - veja Tela é construída em uma lente de contato.
Em 2010, a NEC apresentou o seu Tele Scouter, uma espécie de óculos-tradutor, capaz de projetar legendas diretamente na retina.
Lentes de contato inteligentes
Introduzir todo o aparato necessário para criar uma tela, ou um projetor, dentro de uma lente de contato, capaz de mostrar imagens em movimento diretamente na retina não será uma tarefa fácil, e é um desafio ainda a alguns anos de se realizar integralmente.
Mas os primeiros passos começaram a ser dados. A empresa suíça Sensimed está colocando no mercado as primeiras versões de uma lente de contato inteligente voltada para melhorar o tratamento de pessoas com glaucoma.
A doença aumenta a pressão sobre o nervo óptico pelo acúmulo de líquido, e pode causar danos irreversíveis à visão se não for devidamente tratada.
Sensores de platina altamente sensíveis, incorporados nas lentes Triggerfish da Sensimed monitoram a curvatura da córnea, que corresponde diretamente à pressão dentro do olho.
A lente transmite essa informação em intervalos regulares, por meio de uma conexão sem fios, para um gravador portátil usado a tiracolo pelo paciente.
A energia usada para alimentar a lente de contato inteligente é captada de uma antena embutida em uma espécie de curativo, colado na face do usuário, em um sistema similar ao usado nas etiquetas RFID.
Cada uma das lentes de contato descartáveis é projetada para ser usada apenas uma vez, por 24 horas, e o paciente repete o processo uma ou duas vezes por ano.
Isso permite aos médicos verificar picos na pressão ocular, que variam de paciente para paciente, durante o curso de um dia. Esta informação é então usada para programar os horários da medicação.
Lentes de contato inteligentes projetarão imagens na retina
No monitor implantado na lente de contato, os LEDs serão dispostos em um padrão de grade, e não deverão interferir com a visão normal quando a tela estiver desligada. [Imagem: University of Washington]
Monitor nos olhos
O Dr. Parviz, contudo, usou uma abordagem diferente, e aparentemente mais prática.
Seu sensor de glicose usa conjuntos de eletrodos para injetar pequenas correntes elétricas através do fluido lacrimal, detectando quantidades muito pequenas de açúcar dissolvido.
Estes eletrodos, juntamente com um chip de computador que contém uma antena de radiofrequência, são fabricados em um substrato plano feito de polietileno tereftalato (PET), um polímero transparente comumente encontrado em garrafas de plástico.
Depois de pronto, o material é então moldado em forma de lente de contato para se ajustar ao olho.
O uso de uma antena de maior potência permitirá que o usuário utilize apenas o gravador na cintura, dispensando o curativo-antena no rosto.
Tela na lente de contato
Mas a equipe do Dr. Parviz está fazendo progressos também na área das telas embutidas nas lentes de contato.
Eles já conseguiram incorporar LEDs em miniatura, nas cores vermelha e azul, dentro das lentes, criando uma óptica 3D que lembra os óculos usados para ver filmes 3D.
Para mostrar uma imagem completa, contudo, ainda falta desenvolver o micro-LED na cor verde, para gerar imagens em cores reais. E ainda falta combinar os LEDs e os circuitos ópticos na mesma lente de contato.
"Você não vai necessariamente ter de deslocar seu foco para ver a imagem gerada pela lente de contato," explica Parviz. "Ela vai simplesmente aparecer à sua frente."
Segundo o pesquisador, os LEDs serão dispostos em um padrão de grade, e não deverão interferir com a visão normal quando a tela estiver desligada.

O Trabalho Após os 40 Anos

Por João Carlos Cruz
Diariamente recebo centenas de e-mails com profissionais que questionam se ainda podem se considerar "vivos" no mercado de trabalho após os 40 anos de idade. Essa é uma questão que deve ser esclarecida através de algumas dicas:
Maturidade: Acima dos 40 anos, ninguém melhor do que você conhece tão bem as atribuições que desenvolveu ao longo da carreira, portanto, somente você sabe distinguir o que é bom e o que evitar daqui para a frente.
Ansiedade: A preocupação com a idade pode gerar transtornos dentro de si, na maioria das vezes inúteis, porque muitas empresas estão de olho na sua experiência e não na sua idade.
Networking: A sua rede de relacionamentos é a ferramenta mais do que fundamental nessa hora. Pense em quantos contatos teve ao longo de sua carreira, e quantos podem ser feitos ainda. Jamais esqueça que nos dias atuais, praticamente 40% das vagas existentes são preenchidas através de indicações.
Oportunidade: Não encare o fato de ter mais de 40 anos como uma crise, e sim como uma oportunidade, mude sua maneira de pensar, com tanta vivência que acumulou ao longo de sua carreira tem muito a oferecer ainda às empresas.
Mercado de Trabalho: É fato que as grandes corporações costumam contratar pessoas até os 35 anos de idade, isso porque essas empresas gigantes têm objetivos de longo prazo. Já as pequenas e médias empresas preferem, sobretudo para cargos de supervisão e gerência, pessoas acima de 35 anos pelo fato de estarem treinadas e "prontas" para as suas atividades, reduzindo assim seus custos.
Formação Acadêmica: Mesmo após os 40 anos não pare de se especializar, faça cursos da sua área, mesmo aqueles que você já fez algum dia, lembre-se que tudo mudou em face da revolução da Tecnologia da Informação, conceitos de Liderança e Motivação, etc... Mantenha-se sempre atualizado, inclusive no Inglês e Espanhol.
Confiança: Confie na sua plena capacidade de realização, sobretudo na entrevista, mostre que você é uma pessoa focada em objetivos e que durante sua carreira obteve grandes resultados pelas empresas em que passou. Jamais reclame da idade, preconceitos, etc... Você terá muito sucesso ainda pela frente !
Autor: João Carlos Cruz - Headhunter, Economista e Administrador de Empresas, com especialização em Finanças e Planejamento Estratégico pela Universidade de São Paulo, Fundação Getúlio Vargas e Universidade de Boston - Mass - U.S.A.
Site: Novos Planos - Site de Apoio ao Sucesso na Carreira
www.novosplanos.com.br

Rádio de mão-dupla dobra velocidade de redeswireless

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/02/2011

Rádio de mão-dupla dobra velocidade de redes <i>wireless</i>

Os cientistas descobriram uma forma de fazer com que o equipamento que está transmitindo filtre sua própria transmissão, o que o torna capaz de processar o que está sendo recebido naquele mesmo instante. [Imagem: Stanford University]

Câmbio

Você já se perguntou porque pilotos e outros profissionais que usam comunicação por rádio sempre falam "Câmbio" quando terminam de falar?

É por que a comunicação por radiofrequência é uma via de mão única, o que obriga os interlocutores a combinarem uma forma de definir a hora de cada um falar.

Ao dizer "Câmbio" (over, em inglês), passa-se a palavra para o outro.

Isso ocorre porque o tráfego das ondas de rádio pode fluir apenas em uma direção de cada vez em uma frequência específica.

Câmbio binário

E isso não é assim apenas para os pilotos, profissionais de emergência, radioamadores e usuários de walkie-talkies, mas em qualquer comunicação por radiofrequência - incluindo aquelas que mais recentemente está-se convencionando reunir na categoria de wireless.

Ao trocar dados, um equipamento envia uma espécie de "câmbio binário" para que o equipamento receptor saiba que todos os dados já chegaram e que ele pode responder.

As redes de telefonia celular permitem que os usuários falem e ouçam ao mesmo tempo, mas elas usam uma forma de contornar essa deficiência que é caro e exige um planejamento cuidadoso, uma técnica menos viável para as outras redes sem fio, incluindo as Wi-Fi.

Rádio de mão-dupla

Agora, engenheiros da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram os primeiros rádios capazes de enviar e receber sinais simultaneamente.

O impacto da descoberta é imediato: ela equivale a dobrar a velocidade na troca de informações de qualquer tecnologia sem fio.

"Os livros didáticos dizem que você não pode fazer isso," afirma Philip Levis, coordenador da pesquisa. "Este sistema reconstrói completamente todos os nossos pressupostos sobre como as redes sem fio podem ser projetadas."

Os cientistas descobriram uma forma de fazer com que o equipamento que está transmitindo filtre sua própria transmissão, o que o torna capaz de processar o que está sendo recebido naquele mesmo instante.

"Quando um rádio está transmitindo, a sua própria transmissão é milhões, bilhões de vezes mais forte do que qualquer outra coisa que ele possa ouvir [de outro rádio]," explica Levi. "É como tentar ouvir um sussurro, enquanto você mesmo está gritando."

Como cada transmissor sabe exatamente o que está transmitindo, não é necessário nenhum processamento adicional para que ele saiba o que filtrar - o processo é similar ao usado nos fones de ouvido para cancelar os ruídos externos.

O grupo está agora tentando aumentar a potência das transmissões e as distâncias que a técnica alcança. Estas melhorias serão necessárias antes que a tecnologia seja prática para uso em redes Wi-Fi, por exemplo.

Mundo assoberbado

Total de informação armazenada pela humanidade formaria pilha de CDs até depois da Lua

Publicada em 11/02/2011 às 00h02m
O Globo

O mundo vive a era da informação e uma única edição de um dia de semana comum do jornal americano "The New York Times" tem mais conteúdo do que um inglês médio teria acesso em toda sua vida no início do século XVII. Essa afirmação já foi muito repetida, mas até agora ainda não existiam estimativas de quanta informação a Humanidade acumula atualmente.

Os pesquisadores da Universidade da Califórnia Martin Hilbert e Priscila López partiram atrás de uma resposta, e o número a que chegaram é gigantesco: se fosse armazenado de forma otimizada, o volume de informação em todo mundo nos mais diversos suportes analógicos e digitais ocuparia o equivalente a 295 trilhões de megabytes, ou 295 exabytes.

Caso fosse toda gravada em CD-Roms de 730 megabytes cada, essa quantidade de dados formaria um pilha que iria da Terra para além da órbita da Lua, num total de 404 bilhões de discos com 1,2 milímetros de espessura cada, afirmam em artigo publicado na edição desta semana da revista "Science".

Segundo os pesquisadores, a evolução no acúmulo de informação é uma prova de como a revolução digital mudou a vida e a cultura no planeta. Em 1986, cada ser humano tinha o equivalente a 539 megabytes (menos de um CD-Rom) de informação armazenada. O número de discos pulou para cerca de quatro em 1993, 12 no ano 2000 e 61 em 2007.

As formas de armazenamento também mudaram muito no período. Em 1986, as fitas de videocassete eram as que acumulavam mais bytes guardados (54%) e os discos de vinil respondiam por uma parcela significativa da informação armazenada (14%), seguidos por cassetes de áudio (12%) e fotografias impressas (8%). Em 2000, os meios analógicos ainda guardavam cerca de 75% de toda a informação da Humanidade, mas em apenas sete anos, um suspiro em termos históricos, o cenário mudou completamente, com 94% da informação já em formatos digitais.

A capacidade da Humanidade de comunicar toda essa informação também deu um salto nas últimas décadas atingindo 2 quadrilhões de megabytes, destaca o estudo. Segundo os pesquisadores, as redes de telecomunicações bidirecionais (como internet e telefone) viram sua capacidade crescer a uma taxa média de 28% ao ano entre 1986 e 2007.

Mas, assim como a mudança entre armazenamento analógico e digital, o grande pulo aconteceu já neste século, com o crescimento do acesso à internet de banda larga e das redes de celulares levando a um aumento de 29 vezes neste fluxo, de 2,2 exabytes em 2000 para 65 exabytes em 2007.

Nada disso seria possível, no entanto, se os computadores não tivessem evoluído rapidamente neste período, complementam os pesquisadores. De acordo com eles, todos os computadores pessoais do mundo podem processar juntos aproximadamente 6,4 trilhões de Mips (sigla em inglês para milhões de instruções por segundo). Mas os consoles de videogames e celulares estão contribuindo cada vez mais para aumentar essa capacidade, que segundo os pesquisadores dobra a cada 18 meses.

Embora esses números pareçam enormes, Hilbert e López também procuraram contextualizá-los frente a outros da natureza. Segundo eles, a quantidade de cálculos que todos os computadores do mundo podem fazer está no mesmo nível da de impulsos nervosos executados pelo cérebro humano em um segundo, enquanto toda a informação acumulada ainda é menor do que a codificada no DNA de um ser humano adulto, da ordem de 10 quintilhões de bytes, ou 10 zettabytes.

http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/02/10/total-de-informacao-armazenada-pela-humanidade-formaria-pilha-de-cds-ate-depois-da-lua-923775683.asp

Bullying: qual o perfil do agressor no ambiente corporativo?

Na vida adulta, especialmente no ambiente de trabalho, prática pode se apresentar de várias formas, inclusive sutilmente

Por Gladys Ferraz Magalhães, Infomoney

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Nos últimos anos, sobretudo no ambiente escolar, tem aumentado a incidência de bullying, o que tem feito com que a prática esteja sempre em pauta entre autoridades e, vez ou outra, na boca da população.

Entretanto, na maior parte das vezes, a vítima é o foco das conversas, estudos e discussões, o que faz surgir a pergunta: e o agressor, qual o perfil dele?

De acordo com as especialistas ouvidas pelo portal InfoMoney, a psicóloga Clarice Barbosa e a presidente da Isma-BR (International Stress Management Association) no Brasil, Ana Maria Rossi, ao contrário do que acontece na infância e na adolescência, quando a prática do bullying é explícita, na vida adulta, especialmente no ambiente de trabalho, ela pode se apresentar de várias formas, inclusive sutilmente.

“Pode ser uma coisa muito sutil. Um olhar, um tom de voz... As pessoas que estão em volta não costumam perceber, às vezes, até pensam que é brincadeira”, diz Ana Maria.

Perfil

No geral, explicam, o praticante de bullying tem personalidade hostil e agressiva. Provavelmente, já foi vítima da prática e, quando criança, recebeu uma educação muito permissiva ou cresceu em ambiente hostil.

Este indivíduo, destaca Clarice, procura justificar suas ações e seu comportamento por meio de alguma atitude negativa da vítima, o que, na avaliação dele, o autoriza a tratar aquela pessoa sistematicamente de forma agressiva, humilhando, ridicularizando, excluindo ou inferiorizando. Entretanto, alerta a psicóloga, o que o agressor sente é prazer com a situação.

“Ele não está preocupado com o prejuízo que pode causar a outra pessoa. Ele sente prazer em exercer o poder e só vai parar quando tiver alguma perda, quando a vítima der um basta na situação”, diz Clarice.

Além disso, o praticante de bullying tem este comportamento repetidas vezes durante a vida, não só no trabalho, mas em outros ambientes e em outras fases da sua vida, como na faculdade, por exemplo.

Líder

Ao contrário do que muitas pessoas possam imaginar, a prática de bullying não afeta negativamente só a vítima da agressão. O praticante, ao dedicar de forma obsessiva seu tempo pensando em maneiras de oprimir a vítima, acaba tendo seu rendimento no trabalho reduzido.

Para as especialistas, o líder e o departamento de RH (Recursos Humanos) das empresas devem sempre estar atentos à situação e, caso identifiquem um comportamento suspeito, até indicar ajuda aos profissionais envolvidos, tanto praticantes como vítimas.

“Para identificar o bullying, é importante que as empresas não desqualifiquem as reclamações dos funcionários, fiquem atentas se alguém está sendo excluído do grupo ou se algum funcionário trata sempre um outro de forma negativamente diferenciada e agressiva (...) A conversa com o praticante deve ser sutil, procurando saber quais as razões de tais atitudes e oferecendo ajuda”, finaliza Ana Maria.